sábado, 10 de setembro de 2011

Paciência

Podemos dizer que paciência e tolerância são sinônimos? Creio que sim!
Não vamos apelar para o dicionário, vamos conversar assim no lugar comum, numa conversa solta e despretenciosa.
Podemos ainda dizer que a paciência é uma capacidade de tolerar as diferenças? Tolerar o inesperado, o imprevisto? Tolerar a discordância? Tolerar os afetos que são dispertados em nós? Tolerar o tempo?
Sim, acredito que sim!
Esta capacidade de tolerar de onde vem?
Ouço algumas pessoas fazendo preces: "Ah! Deus, dai-me paciência!" e nada... Deus não manda paciência para ninguém. Certa vez um amigo me disse para não pedir paciência a Deus, pois o que ele manda mesmo é o treino. Ou seja, mais problemas para que você possa desenvolver a sua própria paciência. Por isto, cuidado com o que pede! Anotado?
Alguns alunos me pedem para desenvolver neles a paciência. Bom, se Deus não faz isto, como é que eu em minha finitude poderia faze-lo? Bom, mas posso refletir com vocês e tentar tirar algumas consequências disto.
Imaginemos ser possível presentear alguém com paciência... Isto seria perfeito, pois bastaria a aceitação do presente e num passe de mágicas todos seriam pacientes e tolerantes. Ah! Que mundo perfeito que teríamos! Já que este sonho não é possível, vamos pensar em outras possibilidades.
A paciência, a tolerância nascem na compreensão, no conhecimento, na sabedoria, no entendimento. Ter paciência, portanto, demanda um grande trabalho. Aposto nisto.
Se entendemos as possibilidades e as limitações da situação, esperamos... Enquanto esperamos, criamos condições para aproveitar as possibilidades e romper as barreiras das limitações.
Se conhecemos as dificuldades dos outros, auxiliamos... Quem tem o conhecimento tem também a sabedoria para indicar aos que não sabem, como proceder, como se desenvolver, como resolver os problemas. Educar é uma tarefa que demanda, além do conhecimento, tempo para que o ensinamento seja assimilado e entendido.
Se compreendemos as diferenças, aceitamos... Aceitamos o outro como ele é.
Se houver disposição interna para todo este trabalho, então creio que começamos a trilhar o caminho certo.
Devemos crer ainda que haja outros desdobramentos para esta idéia. Por isto, devemos aceitar de bom grado as sugestões e abandonar a certeza e a convicção.
Vamos refletir mais um pouco?


Paula Ubinha
Namastê!


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