terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Mais sobre yoga


Praticar yoga não se limita a uma prática corporal. Yoga é antes de tudo um estilo de vida, que envolve toda a existência de quem a pratica. A maneira como olhamos o mundo, como nos relacionamos com as pessoas, como acordamos, como dormimos, como nos alimentamos, como nos higienizamos, como buscamos entendimento, como buscamos a felicidade; tudo isto se dá pelo corpo, pelos sentidos, é assim que aprendemos sobre o mundo. Quando submetemos nosso corpo à prática de yoga, nos aprofundamos em nossas experiências, aguçamos os sentidos com intuito de nos conhecer mais e melhor. Se isto não ocorrer, certamente há algo de muito errado no modo de conduzir esta prática. Certamente estamos muito mais envolvidos com uma mera ginástica para os músculos e esqueleto. Certamente não há reflexão sobre o sentido de tudo isto.
A ginástica vai moldar nosso corpo e deixá-lo belo, mas isto é fugaz. Nossos corpos vão embora cedo ou tarde. Portanto, o corpo não pode ser o foco central para uma boa prática de yoga. Ele é a maneira pela qual a vida se manifesta e se envolve com este mundo.
Você pode ter a impressão de que estou dizendo que o corpo é secundário, preste atenção, pois não se trata disto. O corpo saudável e bem disposto nos disponiiliza para o aprendizado, para a reflexão e para a meditação.
A nossa vida é tocada pelo mundo através do nosso corpo e nosso corpo é tocado pelo mundo interferindo na nossa vida, este movimento constante e simultâneo nos transforma a cada instante. Assim, o que afirmo é o envolvimento e o comprometimento em que corpo, vida, mundo e pensamento estão implicados.
Na minha concepção, o corpo é tão sagrado quanto a alma, a vida e o mundo. Não considero nenhum grau de importância. E por fim, considero a necessidade de cuidar bem de cada parte que nos constitui.
Deixo aqui uma breve entrevista com o Professor Hermógenes, a qual sugere esta reflexão. Devo alertar para pequenas diferenças de pensamento, talvez eu venha mais tarde concordar plenamente com ele. Mas por hora, me reservo o direito de questionar algumas coisas.



Namastê!
Paula Ubinha


terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Dança Indiana




Bharatanatyam

Assim como outras danças indianas, Bharatanatyam também narra em suas coreografias os mitos indianos. Encontramos mito, história e arte numa composição coreográfica única e belíssima, com uma técnica muito bem definida.
Nas palavras de nosssa professora, “Flores se abrem saindo de dentro das mãos e pássaros voam longe através das pontas dos dedos”: O Bharatanatyam é considerado uma das formas de dança mais sutis, sofisticadas e graciosas que o mundo conhece. Nascida nos templos do sul da Índia, esta dança sagrada traz em seu nome as palavras “expressão”, “ritmo” e “movimento”.
Fomos eu e Malu provar um pouco desta arte e nos encantamos. A gestualidade em nada se parece com a que conhecemos nas danças do ocidente. Encontramos uma gestualidade bonita, bem equilibrada, geométrica. Achamos notável! Formamos triângulos, retas, na verdade, quase... Nosso triângulo ficava meio curvo, quase círculo. Achamos bem difícil, mas não impossível. Nesta aula experimental, entramos em contato com a estrutura básica da dança. Postura e ritmo conduzidos por Bárbara com muita graça e competência.
Gostamos muito e por isto recomendamos.
Mas se prepare, pois já no básico você vai encontrar um trabalho e tanto para sua musculatura. Força, equilíbrio, flexibilidade, tudo será desenvolvido para definir a técnica da dança Bharatanatyam.
Se tiver a curiosidade de saber mais, anota o contato:
Professora Bárbara Malavoglia, graduanda em dança pela Unicamp, oferece aulas individuais, em grupo e tem horários flexíveis. Consulte-a

Namastê!
Paula Ubinha

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Consertar

Manifesto pelo Conserto

Se você também acredita nisto, divulgue e pratique. Eu já estou fazendo a minha parte. (Paula Ubinha)


1. Faça seus produtos durarem mais!

Consertar significa a oportunidade de dar a um produto uma segunda vida. Consertar não é anticonsumo: é antidesperdício.


2. As coisas têm que ser projetadas para poderem ser consertadas

Designer de produtos: faça coisas consertáveis. Forneça informações claras sobre como consertar. Consumidor: compre coisas que você sabe que podem ser consertadas, ou descubra por que elas não existem. Seja crítico, faça perguntas.


3. Consertar não é substituir uma peça

Não estamos falando em jogar fora a parte que está quebrada, mas de realmente remendar criativamente.


4. O que não mata engorda

Toda vez que você conserta algo você acrescenta ao seu potencial, à sua história, à sua alma e à sua beleza inerente.


5. Consertar é um desafio criativo

Fazer reparos é bom para a imaginação e ensina a usar novas técnicas, ferramentas e materiais.


6. Conserto não sai de moda

Não se conserta para deixar os produtos na moda. Não há datas de validade para produtos que podem ser reparados.


7. Consertar é descobrir

Ao consertar você descobre coisas incríveis sobre como os objetos funcionam. Ou não funcionam.


8. Conserte – mesmo quando a crise acabar

Se você acha que este manifesto tem a ver com a recessão, esqueça. Não estamos falando de dinheiro, mas de mentalidade.


9. Coisas consertadas são únicas

Mesmo falsificações se tornam originais quando você as conserta.


10. Consertar é ser independente

Não seja um escravo da tecnologia – seja seu mestre.


11. Você pode consertar tudo, mesmo um saco plástico

Mas nós recomendamos arrumar uma sacola que dure mais. E, quando ela estragar, consertá-la.
 Mônica Pilz Borba
Coordenadora Institucional
5 Elementos - Instituto de Educação e Pesquisa Ambiental
http://www.5elementos.org.br/