quarta-feira, 30 de junho de 2010

sim e não e...


Sim e Não e...

Se sim ou se não, quem diz?
O coração deseja.
A razão explica e defende
e complica e pondera...
O coração ainda deseja.
A razão explica e defende
e justifica a quimera...
O coração anseia.
A razão explica e defende:
ai quem me dera...
A razão insiste no que era.
O coração abnega.
Então,
O coração explica e defende
e complica e pondera...

Paula Ubinha







6 comentários:

  1. Não vejo nada mais humano do que ter um coração inconstante e cheio de desejos.
    Só tento não pensar que minha felicidade está na satisfação desses desejos, porque isso seria impossível, e eu estaria sendo perverso comigo mesmo.

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  2. É Alan, nesta confusão toda entre a emoção e a razão é que podemos nos perder se não considerarmos que uma está completamente entrelaçada na outra. Sentir e entender o desejo pode ser um grande labirinto.

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  3. Mas o que fazer quando, no conflito emoção VS razão, a primeira se tornar mais forte? A razão muitas vezes parece um pedacinho de vidro muito frágil.

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  4. Gostei!
    Será que esta impressão de fragilidade não mora justamente na ilusão de se pensar poder controlar as emoções com a razão?
    A razão tenta controlar, mas as emoções deslizam entre as fendas e escoam...

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  5. Tentar controlar as emoções com a razão é uma tremenda furada, mas quem é que não tenta? Quem não tenta ao menos, digamos, "encaminhar" as emoções pra um determinado resultado?
    Agora sabendo que as emoções não são controláveis, será que podemos nos dar ao luxo de nem tentar reprimir as emoções negativas como a ira, o egoísmo, o ressentimento, a amargura, e o medo?

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  6. Mas nós reprimimos alguma coisa?
    Primeiro, nós não conseguimos deixar de sentir, as emoções acontecem.
    Depois, sentir não significa tranformar em ação este sentimento.
    A ira, a amargura, o ressentimento, a raiva, o medo não são sentimentos proibidos. Pelo menos não vejo assim. O problema é, o que você vai fazer com eles?
    Se tentar reprimir, pode ser que te apareça uma úlcera, ou outro problema de saúde qualquer.
    Então, você pode tentar sublimá-los. Ou seja, transformá-los em ações "positivas". Uma maneira de fazer isso é a arte. Pinte a sua raiva, cante o seu medo, emoldure o seu egoismo.

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